O caso da influencer Mariana Ferrer, 23, vítima de estupro em uma festa que aconteceu em 2018, continua gerando manifestações nas redes sociais. Em Mato Grosso, a deputada estadual Janaina Riva (MDB), usou seu perfil no Instagram para falar sobre o assunto.
É importante lembrar, após julgamento, o empresário André de Camargo Aranha foi condenado de “estupro culposo”, crime que não está previsto na legislação brasileira. Por este motivo, ele foi absolvido.
De acordo com a parlamentar, decisão é um retrocesso na luta contra a violência sexual e abre jurisprudência para inocentar outros estupradores pelo mesmo crime, mesmo que não exista a tipificação penal para “estupro culposo”.
“O ano é 2020, mas hoje, 3 de novembro, voltei ao período de inquisição ao ver uma jovem, vítima de estupro, humilhada por um advogado, que colocou em xeque a todo instante a conduta moral dela, numa audiência que deveria ser julgamento de seu estuprador”, afirmou a deputada em sua rede social.
Janaína continuou: “O juiz do caso, mesmo de posse de laudos periciais com o sangue da vítima, sêmen do estuprador, vídeos e tudo mais que comprove o estupro da jovem, preferiu absolvê-lo por ‘falta de provas’, complementou.
Caso gerou grande repercussão nacional. Imagens da audiência mostram a defesa do empresário, representada pelo advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, constrangendo Mariana durante o julgamento. Ele mostrou fotos da influencer e definiu imagens postadas em suas redes sociais como sendo ‘ginecológicas’. Em dado momento, ele chegou a dizer que jamais teria uma filha do “nível de Mariana”.
O caso
Relato da jovem aponta que o crime aconteceu em uma festa da qual ela era promoter, em Florianópolis, no dia 15 de dezembro de 2018. Ela afirmou que teve um lapso de memória entre o momento em que foi levada por uma amiga a um dos camarotes do evento, em que o empresário estava, e a hora em que desce uma escada escura com o homem.
Imagens do monitoramento interno do ambiente mostram Mariana grogue subindo uma escada com a ajuda de Aranha em direção a um camarim restrito. Após 6 minutos, ambos descem do local. Ela acredita ter sido dopada. Comanda do bar em seu nome corrobora sua versão. Ao longo da noite, ela teria consumido apenas uma dose de gim.
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